A arte de se alimentar bem!

Muito se discute sobre alimentação... Cada vez mais surgem pesquisas e mais pesquisas sobre consumir ou não ovos, leite, café, chocolate, etc, etc... Não sei se é possível chegar a uma conclusão sobre isso. Cada caso é sempre um caso diferente, e deve ser analisado como ÚNICO e exclusivo. Para uma pessoa pode ser bom sim consumir ovos, já para outra pode não ser...
Obviamente, é necessário procurar sempre o auxílio de um nutricionista - eu conheço algumas nutricionistas excelentes, caso alguém se interesse! :)
Mas enfim, acredito, e muito, que a saúde começa através de uma alimentação saudável, e não poderia deixar de citar os alimentos integrais orgânicos como uma das melhores opções para se alcançar uma boa saúde.
A definição de alimento integral orgânico é a seguinte: se for de origem vegetal é isento de resíduos de agrotóxicos, de adubos químicos sintéticos e de sementes transgênicas; se for de origem animal, a criação não pode receber hormônios, antibióticos e drogas veterinárias e, quando for industrializado, o alimento não passa por processos de refinamento (ou processos de retiradas de nutrientes), irradiação e não contém aditivos químicos sintéticos.
Já é sabido que os alimentos orgânicos possuem a mesma quantidade de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lípidios) se comparado aos produtos convencionais, mas quando comparados com relação aos micronutrientes (vitaminas, minerais) apresentam maiores porcentagens.
A respeito dos fitoquímicos, que são substâncias químicas de origem vegetal e que são ativas biologicamente, os alimentos orgânicos também apresentam maior quantidade.
Os fitoquímicos, presentes principalmente em frutas e verduras, possuem propriedades específicas como, por exemplo, proporcionar equilíbrio ao funcionamento celular, proteger células contra radicais livres, ajudar na síntese de enzimas anticancerígenas naturais, neutralizar substâncias tóxicas para o corpo, entre outras funções.

A seguir, veremos alguns fitoquímicos importantes para o bom funcionamento do organismo:

Terpenos: aumentam a produção de enzimas anticarcinogênicas e são encontrados nas frutas cítricas em geral;
Gingerol: substância que dá ao gengibre o seu sabor característico - pode tornar mais lento o crescimento de tumores humanos em cobaias;
Ácido P-cumárico e ácidos clorogênicos: previnem a leucemia, encontrados na cenoura; no pimentão encontra-se somente o ácido P-cumárico;
Clorofila: estimula a produção de glóbulos vermelhos do sangue e ajuda a proteger contra o câncer. Algas, plantas marinhas e vegetais verdes são as principais fontes de clorofila;
Licopenos: possuem efeito antioxidante, neutralizam os efeitos danosos dos radicais livres e atuam na prevenção de alguns tipos de câncer e doenças do coração. A maior fonte de licopeno é o tomate (principalmente após ser aquecido). A melancia e o grapefruit rosa também são fontes de licopeno;
Lignanas: são fitoestrógenos encontrados na linhaça e na cevada que atuam na prevenção e cura do câncer de mama e próstata;
Catequinas: são polifenóis predominantes no chá verde; a maior parte das pesquisas sobre os benefícios do chá verde focalizam seus efeitos quimiopreventivos contra o câncer;
Compostos sulforosos: vegetais como o alho, a cabola, o alho-poró e a cebolinha contêm sufidos, que podem estimular enzimas que inibem o crescimento bacteriano. Além disso, alguns estudos sugerem que o alho tem propriedades hipotensoras e aumenta a defesa imunológica por causa da alicina;
Luteolina: ação antioxidante, encontrada na alcachofra;
Isocianatos e índoles: compostos presentes em vegetais como brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho, além do agrião, nabo e rabanete. São antioxidantes e inibem a danificação do DNA, que dispara algumas formas de câncer.

Fonte: AZEVEDO, E. de. Trofoterapia e nutracêutica: dietas e orientações nutricionais com base nas Medicinas Tradicional e Complementar. Blumenau: Nova Letra, 2007. 250p.